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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Queda de gigantes: um patrimônio caxiense ameaçado




Um projeto de revitalização dos casarões do século XIX e da primeira metade do século XX, do centro histórico de Caxias, precisa ser gestado junto aos órgãos públicos urgentemente, antes que os poucos que ainda permanecem de pé já em ruínas desabem. Existe uma lei estadual de tombamento arquitetônico que beneficiou várias ruas do centro de nossa cidade que abrigam casarões com arquitetura do século XIX, que parece ser ignorada ou desconhecida pelos gestores públicos, como também pelos proprietários desses imóveis. O desaparecimento do casario secular que faz de Caxias uma cidade histórica acontece pelas ações implacáveis do tempo e através das intempéries da natureza, além da falta de conservação dos mesmos por omissão dos seus donos ou por falta de recursos. E acredite, muitos estão sendo destruídos pelos seus proprietários e ruas de calçamentos do centro da cidade são cobertas de asfalto sem que ninguém receba nenhuma advertência ou multa por danos extrapatrimoniais, através dos órgãos que deveriam zelar pelo patrimônio público do centro histórico de Caxias, que ao sabor do vento e das mãos dos homens entra em rota de desabamento.

Basta ser um pouco mais observador e para tanto não precisa ser arquiteto ou engenheiro, para presenciar a triste queda do patrimônio arquitetônico de Caxias. A destruição acontece de forma disfarçada por meio de reformas que são feitas no interior dos casarões, conservando apenas a fachada pelo menos enquanto a obra não é concluída. Tudo isso é feito ante os olhos dos administradores dos órgãos públicos municipais e estaduais que deveriam fiscalizar e normatizar as reformas de prédios antigos no centro de Caxias. A derrubada dos casarões acontece na rua Afonso Pena, Largo de São Benedito, rua Aarão Reis, na 1º de Agosto e nos Três Corações, bairro mais antigo da cidade, por onde nasceu o forte comércio de Caxias no século XIX. As relíquias arquitetônicas que ainda podemos ver no centro de nossa cidade em breve constarão apenas nos catálogos e livros de História e de Artes e nada restará para as gerações futuras ou para fomentar o turismo, uma forte indústria de trabalho e renda que os governantes municipais ainda não descobriram.


Um Projeto Reviver para Caxias


Uma área privilegiada de casarões de São Luis estava abandonada e quase todos os prédios históricos estavam em ruína. Além de representar perigo para a população a destruição daquele patrimônio seria um prejuízo para a história cultural da capital que guarda um dos maiores acervos da arquitetura colonial portuguesa em nosso país. Nesse sentido foi pensado um projeto de revitalização do casario da referida área com o nome de Reviver. Então os proprietários e os governos municipal e estadual encontraram uma solução, com reformas que preservaram grande parte da arquitetura original dos casarões, dando beleza e charme para bares, restaurantes, lanchonetes e teatros. As ruas e as praças do local também passaram por adaptações com um calçamento apropriado ao do século XIX.

Em Caxias existem áreas centrais que deveriam receber um Projeto de Revitalização dos Casarões, das ruas e praças que retomasse a forma original, com adaptações unindo o antigo ao moderno sem prejuízo para o patrimônio arquitetônico que faz de Caxias uma cidade histórica e uma das mais bonitas do interior do Maranhão. Esse legado que estamos fadado a perder por pura falta de vontade e iniciativa política dos gestores municipais, dentro de poucos anos será peça de paredes de museu ( que não temos), onde apenas a beleza das fotografias em preto em branco nos transportam para um passado onde Caxias figurava como uma das cidades mais importantes dessas cercanias nordestinas, juntamente com São Luís, Pastos Bons e Parnaíba, no Piauí. As áreas que guardam estas preciosidades do passado: os arredores da praça Cesário Lima nos Três Corações, da praça Gonçalves Dias, do Largo de São Benedito, do Largo do Rosário, do Largo da Matriz e do Centro de Cultura, que foi transformado em Centro Administrativo. E por falar em Centro de Cultura que até o nome não existe mais, sua parte externa serve de latrina e ponto de ônibus que fazem linha para a zona rural da cidade. As pessoas fazem suas necessidades fisiológicas ali à luz do dia e da noite e pasmem! Ninguém, absolutamente ninguém apresenta uma solução para tamanho problema. A cidade precisa ser pensada e repensada com projetos inovadores, como também com adaptações daqueles que deram certo em outras cidades do país ou seremos meros expectadores da destruição dos espaços públicos de nossa querida Caxias.

Projetos dessa natureza precisam ser apresentados em mãos dos chefes das pastas nos Ministérios das Cidades, Indústria e Comércio, Cultura e Turismo, como também nas Secretarias do nosso Estado, sem esquecer é claro dos bancos públicos e privados que também têm interesse de fazer negócios com os proprietários dos casarões na montagem desses pequenos e médios empreendimentos e da orientação mercadológica do Sebrae, que irá ajudar na escolha e no treinamento dos novos e dos já “experientes” comerciantes no bom atendimento dos caxiensese e dos turistas que com certeza passarão a visitar Caxias; que entrará finalmente no corredor cultural do Maranhão.


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